de nada me serve essa imensidão.
ainda preso,
apenas em uma perspectiva maior.
de nada me serve essa imensidão.
ainda preso,
apenas em uma perspectiva maior.
me auto saboto o tempo inteiro
morro manuzeando a própria arma.
carrego comigo no peito, infinidades. sou refém da própria imensidão. residente perdido na própria casa.
me ama além da pele
eu tenho amor nos ossos.
onde moro vive em chamas. meu incêndio sempre queima a casa.
meu amor é primitivo
feroz
selvagem.
carimba teus lábios em mim; deixa tua marca na minha pele.
tu me chupa a pele e ela cora; de vergonha.
Tenho cicatrizes profundas, além da pele, entre os ossos.