em meio a chuva e os raios que caem lá fora minha mente vagueia e me traz lembranças de quando estavamos juntos. não que eu te ame, mas eu sinto falta das vezes que a gente varava a madrugada conversando e transando escondidos como dois adolecentes no meu quarto porque meus pais dormiam e não podiam nem se quer sonhar que você estava ali. das vezes que você cansado, depois de um dia cansativo pra você, vir me ver pra conversar e ficar abraçado comigo. lembro da vez que você me preocupou e veio aqui me pedir desculpas. lembro das nossas pré eliminares nas escadas da minha casa e o quanto isso te excitava e me excitava. lembro das suas palavras "eu nunca vou achar ninguém igual á você." mas foram só palavras, você mudou tão de repente como um relâmpago que cai em meio a uma tempestade, eu te tratei como você estava me tratando e ainda sai como a vilã porque você não entendeu, que quando me magoo ou me chateio, não consigo fingir que nada aconteceu, não sou igual a você, não consigo passar por cima de algo mal resolvido e de todos os áudios e textos ignorados e mesmo você me ignorando, me tratando diferente, eu insisti. e eu insisti, expliquei mas você não quis ouvir e quando se deu conta, você já tinha perdido o que havia ganhado: eu. hoje só o que me resta são as lembranças das coisas que fizemos e o seu perfume que ficava empregnado no meu quarto, nos meus travesseiros e na minha pele. eu não te amei, eu amei a ideia de ter um amigo ao meu lado, que me fazia rir, que via mais do que o sexo em mim, que sabia que eu era mais do que a safadeza em mim, que me tinha como amiga, me colocava no seu dia a dia sem eu pedir ou insistir. talvez você estava com outra ou voltado com sua ex, não importa mais, mas se fosse para voltar no tempo eu iria ter gostado de saber a verdade, não a desculpa que me deu nem muito menos querer ouvir que era eu que estava me apaixonando por você porque, nós dois sabemos que não existe verdade nisso. eu só queria a verdade e você fugiu dela de todas as formas. e hoje, já que você veio a mente, peço desculpas por ter insistido tanto. mas não peço a ti, peço essas desculpas a mim, porque no final quem acabou - com o perdão da palavara- se fodendo de novo, foi eu. então eu me devo desculpas.